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MELHORES FILMES DE 2013 – por Ailton Monteiro

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2013 pode ter sido um ano difícil para muitos, mas para o cinema, em especial para os lançamentos em cinema, foi um ano muito bom. É difícil, inclusive, escolher apenas 10 filmes dentre tantos ótimos. A lista abaixo leva em consideração o lançamento dos filmes em Fortaleza (e não o lançamento nacional), daí a inclusão de As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, 2012)

2013-1

A Minha Lista

1. Camille Claudel, 1915 (idem, França, 2013), de Bruno Dumont
2. As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, EUA, 2012), de Stephen Chbosky
3. O Conselheiro do Crime (The Counselor, EUA, 2013), de Ridley Scott
4. Antes da Meia-Noite (Before Midnight, EUA, 2013), de Richard Linklater
5. Django Livre (Django Unchained, EUA, 2012), de Quentin Tarantino

2013-2

6. Gravidade (Gravity, EUA, 2013), de Alfonso Cuarón
7. Tabu (idem, Portugal/Alemanha/Brasil/França, 2012), de Miguel Gomes
8. Um Estranho no Lago (L’Inconnu de Lac, França, 2013), de Alain Guiraudie
9. Invocação do Mal (The Conjuring, EUA, 2013), de James Wan
10. Jogos Vorazes – Em Chamas (The Hunger Games – Catching Fire, EUA, 2013), de Francis Lawrence

Menções honrosas (ou filmes que quase entraram no top 10):

O Som ao Redor (Brasil, 2012), de Kleber Mendonça Filho;

Frances Ha (idem, EUA, 2012), de Noah Baumbach;

Killer Joe – Matador de Aluguel (Killer Joe, EUA, 2012), de William Friedkin;

Amor (Amour, França/Alemanha/Áustria, 2012), de Michael Haneke;

Filha de Ninguém (Nugu-ui ttal-do anin Haewon, Coreia do Sul, 2013), de Sang-soo Hong;

Azul É a Cor Mais Quente (La Vie d’Adéle, França/Bélgica/Espanha, 2013), de Abdellatif Kechiche;

Barbara (idem, Alemanha, 2012), de Christian Petzold;

As Sessões (The Sessions, EUA, 2012), de Ben Lewin;

Uma Primavera com Minha Mãe (Quelques Heures de Printemps, França, 2012);

Depois de Maio (Après Mai, França, 2012), de Olivier Assayas.

2013 foi o ano do retorno de Jesse e Celine, depois de um hiato de mais nove anos. Antes da Meia-Noite, de Richard Linklater, era desde o início o filme mais aguardado do ano por mim. Continua sendo um prazer imenso poder acompanhar recortes da vida deste casal que surgiu pela primeira vez em 1995 e até então tem ganhando mais e mais fãs. E cada vez mais dialogando com filmes europeus.

Outro momento inspirador de 2013 foi poder ver Django Livre, de Quentin Tarantino, no cinema. Foi o tão sonhado projeto de western do diretor, finalmente materializado. Ainda que longe de sua tradicional montadora, Tarantino tem um poder na construção de personagens e de cenas que nos deixa hipnotizados e encantados. Já nem importam tanto as referências, por mais que existam tantas, mas a criação de um universo próprio.

O cinema francês está com tudo, cada vez mais eclipsando o cinema americano em premiações internacionais e listas de melhores do ano. Basta ver o caso de dois filmes que exploraram a temática da homossexualidade, mas que conquistaram mesmo o seu posto de grandes obras por suas qualidades fílmicas. Um deles está presente na lista principal: Um Estranho no Lago, de Alain Guiraudie.

Lembrando que o meu favorito acabou sendo também uma produção francesa: Camille Claudel,  1915, do mais bressoniano dos cineastas atuais, Bruno Dumont. No filme, Juliette Binoche interpreta a artista plástica que ficou presa em um hospital psiquiátrico por anos, a mando da família. O cineasta explora não só o calvário da personagem, mas também aproveita para exercitar o seu gosto por assuntos de natureza religiosa e metafísica, seja em palavras, seja através das próprias imagens.

Quanto ao cinemão americano, é possível pensar que ele está passando por uma crise criativa, tendo em vista a grande quantidade de franquias bobas e milionárias. Foi um ano muito fraco em termos de blockbusters. Pelo menos um salvou a pátria: Jogos Vorazes – Em Chamas, de Francis Lawrence, a segunda parte de uma franquia que tem surpreendido positivamente até o momento.

Porém, ainda assim, grandes cineastas, como Ridley Scott, conseguem juntar um grande time de astros e convidar um romancista como Cormac McCarthy para fazer uma obra intensa como O Conselheiro do Crime, filme que dividiu opiniões, assim como o anterior de Scott, Prometheus (2012). A mim, no entanto, o cineasta tem passado pelo seu melhor momento em anos.

É dos Estados Unidos também um dos filmes mais celebrados do ano: Gravidade, do mexicano Alfonso Cuarón. O filme oferece uma experiência única a quem se permitir vê-lo como uma ficção, como um thriller, ou até mesmo como um drama sobre superação, e menos como uma obra que respeita as leis da física.

É também dos Estados Unidos um filme menor, mas que conquistou audiências a ponto de ser uma das obras mais queridas de muitas plateias, especialmente as mais jovens: As Vantagens de Ser Invisível, dirigido pelo próprio autor do romance, Stephen Chbosky.

Do gênero horror, o único representante do ano presente na lista é Invocação do Mal, de James Wan, cineasta que tem se especializado em filmes sobre casas assombradas por espíritos malignos ou demônios. Neste filme, ele nos leva para a década de 1970, em um passeio assustador pelos casos de um casal de “caça-fantasmas”, às voltas com uma terrível possessão demoníaca.

Para finalizar, um dos filmes mais festejados pela cinefilia em 2013 veio de Portugal: Tabu, de Miguel Gomes, uma homenagem à obra-prima homônima de F.W. Murnau, mas mantendo o melancólico espírito português tão típico da terra de Camões.

Fiquem à vontade para concordar, discordar, discutir, enviar suas próprias listas de melhores do ano etc. Bom ano novo, com mais e melhores filmes!

Veja o trailer do meu melhor filme de 2013.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

 

 

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